Certamente não sou um "expert" em fotografia HDR, mas essa acho que ficou interessante. Para que ainda não conhece, HDR vem do Inglês: “High Dynamic Range” que numa tradução livre seria Faixa Dinâmica Larga.
Bom, o HDR nasce de uma constatação que vale a pena ser observada. Nossos olhos são muito superiores, em vários aspectos, que qualquer filme ou sensor inventado. Muito pela sua capacidade de foco, angularidade, capacidade de visão em pouca luz e resolução, mas também pela sua capacidade de compensar muito rapidamente variações de iluminação, ao ponto de sermos capazes de olharmos uma região com grande contraste de luzes e ainda assim reconhecermos os padrões ao seu redor, tanto na área clara quanto na escura.
Máquinas, filmes e sensores não são assim. Numa situação de grande contraste alguém vai perder. Ou se privilegia as áreas claras e as escuras ficarão irreconhecíveis, ou se privilegia as áreas escuras e as claras vão “estourar”, como se diz no jargão fotográfico.
O HDR nasce então da insatisfação com esta situação, e a busca de uma forma de se resolver este paradoxo.
A forma obtida vem da superposição de várias fotos. Cada uma delas é feita visando valorizar uma intensidade de iluminação - uma região da cena, e no fim das contas um software de edição é usado para mesclar todas estas imagens em uma só. O resultado é uma imagem que mostra todas as áreas da cena como corretamente iluminadas, como que compensadas por este processo.
Essa foto em particular foi obtida pela superposição de 5 fotos, feitas com 2/3 de ponto de separação entre elas. Como não tinha um tripé comigo o alinhamento não ficou perfeito, mas o software de edição que usei conseguiu fazer a correção. Aliás, ele se chama HDRtist PRO.
Fim da sequência da igreja :) Até a próxima!
Aqui vai mais uma foto de por do Sol, um pouco diferente da última. Essa foi feita na orla do Rio Guaíba, em Porto Alegre, numa região bem ao sul da cidade.
